PortalBARRA:
Contem um pouco sobre a experiência no Blue Chip nos cargos
de síndica e sub-síndico...
Maria Ducília: Meu nome é Maria Ducília
Carone Geammal, estou no cargo de síndica há 2 anos,
fui eleita para a gestão 2001/ 2002 e agora na gestão
2002/2003. Convidei para sub-síndico Dr. Luis Cláudio
Passos Moreira que está no Blue Chip desde a inauguração
do prédio.
Este é um compromisso que nós temos , que é
o de zelar pela preservação patrimonial. O objetivo
de continuidade nesse segundo ano é fazer todo um trabalho
de elevação patrimonial e também da paz social,
da vida comunitária dentro do condomínio.
Luis Cláudio:
Fui convidado de surpresa na última assembléia
a me candidatar como sub-síndico e acho que a Ducília
viu em mim uma pessoa que estava sempre participando da administração
com algumas sugestões e reivindicações, então
talvez isso a tenha motivado a me convidar.
PortalBARRA:
Além de sub-síndico, qual é a sua atividade
no Blue Chip?
Luis Cláudio: Sou cirurgião dentista. Acho que
sou uma das pessoas que fica mais tempo aqui no prédio, começo
8 da manhã e saio às vezes 10 da noite. Isso me faz
às vezes enxergar coisas que as outras pessoas que ficam
menos tempo não conseguem ver, o que provocou a minha maior
participação junto à administração,
o que faço com muito prazer, pois admirei o trabalho da Maria
Ducília na gestão anterior e achei que estava na hora
de colaborar também.
PortalBARRA:
Vocês contam com a colaboração de outros salistas?
Maria Ducília: Minha formação é
em administração, venho de uma família com
raízes políticas, então sempre fui de trabalho
comunitário, sempre de fazer algo em prol de alguma coisa.
Sempre esperamos
que o condômino seja participativo, mesmo através de
uma reclamação. Eu gosto muito mais de receber uma
reclamação por algo que não está indo
bem do que receber os parabéns, pois nele eu já tenho
a consciência do trabalho traçado, e na crítica
vou atrás correndo para fazer as correções.
Então a busca da eficiência é uma constante
para quem está interessado em administrar. São raros
os casos da forma participativa, normalmente é essa cultura
do proprietário ficar afastado e deixar que o síndico
resolva.
PortalBARRA:
É fácil ser síndica de um prédio comercial?
Maria
Ducília: Quando
sou apresentada como síndica, eu digo que sou a colaboradora.
Apesar da figura de síndico trazer uma forma pesada de atuação,
uma forma autoritária, eu sempre quebro no sentido de que
eu sou a colaboradora, trabalho em equipe. Além de síndico
e sub-síndico existe um conselho atuante, então todo
o trabalho aqui, seja ele de que forma for, seja numa inauguração
de um banheiro para os funcionários, existe aquela formalidade
de a gente estar fazendo a inauguração com tortinha.
com funcionários e entrega das chaves. Porque como dizem
os meios administrativos, o brasileiro só dá valor
quando a coisa é inaugurada, então a gente faz a inauguração.
Só assim o funcionário vai dar o valor e a comunidade,
através da circular, vai estar sabendo que a administração,
juntamente com o conselho está entregando uma obra que não
foi feita por ninguém, foi feita por uma equipe. O nosso
conselho é composto de engenheiros, arquitetos, dentistas,
e várias atividades, mas todos estão com a mesma finalidade,
que é elevar o padrão de qualidade do prédio.
PortalBARRA:
Qual hoje é o maior problema do Blue Chip?
Maria Ducília: Eu não diria problema que temos
problemas. O Blue Chip tem um dinamismo muito grande, temos que
correr atrás dos momentos, dos imprevistos. O que existe
é vontade de cada vez fazer o melhor e solucionar. Se me
perguntassem se eu gostaria de ser síndica da área
residencial onde moro, eu diria com muito conforto que não,
porque o que faz ser diferente, é essa prática comercial
que aqui se tem onde se consegue iniciar um trabalho e saber que
às 22 hora quando fecha o prédio, você tem uma
equipe de plantão, e que você não será
chamada a qualquer hora da noite por algum proprietário.
Luis Cláudio:
Nossos funcionários são uma equipe, ouvimos suas
aspirações, trocamos idéias.
Às vezes uma opinião de um dos funcionários,
mais simples que seja, pode nos alertar para algum problema que
está acontecendo.Isso faz com que o condomínio esteja
funcionando diariamente e a gente tenha noção do que
está acontecendo.
PortalBARRA:
O Blue Chip é um prédio que fez tradição
na Barra?
Maria Ducília: O Blue Chip tem 14 anos e foi uma curiosidade,
foi um dos primeiros. Para comprar a minha sala, tive que pegar
uma senha, porque havia uma carência muito grande na época.
As pessoas que chegaram aqui primeiro, que enfrentaram aquela fila,
tem um amor muito grande pelo prédio. O Blue Chip não
tem grade, ele está solto, esperamos que não precise
ter por um bom tempo justamente não perder a leveza.
PortalBARRA:
Qual é o ponto mais importante num prédio comercial?
Maria Ducília: A segurança. É um ítem
que para o condomínio, pela sua forma arquitetônica,
ele traz essa bagagem como sendo um prédio em que a pessoa
se sente segura, pelo tipo de garagem subterrânea. Sua configuração
faz com que a pessoa chegue aqui se sentindo mais segura, enfim,
a segurança em nenhum local, ninguém pode falhar,
nem mesmo as autoridades, que a gente tem 100% de segurança,
a gente tem sim, o cuidado de estar atento às movimentações
para poder fazer as correções, agora colocar que a
gente tem a segurança total, acho que não é
o caminho, seria muita pretensão nossa. Mas que o ítem
segurança hoje é visto por muitos empresários
como ponto preponderante para eles se sentirem seguros com o trabalho,
e a gente consegue, através da nossa administração,
seja através do sistema de atendimento ao condômino,
de toda a forma de apoio ao condômino, ele se sente seguro
de estar aqui trabalhando, então isso é o que a gente
procura passar, de que a administração está
atenta à movimentação, e procurando dar liberdade
de ir e vir, porque a gente não pode fazer disso aqui um
quartel, perde o sentido de leveza do ir e vir, mas a gente pode
conseguir um prédio controlado
PortalBARRA:
Qual foi o projeto mais importante em sua gestão no Blue
Chip?
Maria Ducília: Além da parte de conservação
e de limpeza de fachada e da parte de estrutura, conseguimos realizar
uma obra para uma melhor acomodação dos funcionários,
dando um banheiro separado para eles um conforto que muitos deles
com certeza não tem em suas residências.
Luis Cláudio:
O importante é que eles sentem que aqui é uma
continuidade da casa deles. Muitas vezes eu cumprimentava todos
e nem sabia o nome, mas agora com a minha função de
sub-síndico, tenho que conversar com todos eles, procuro
sempre passar o seguinte a eles, que estejam sempre de bem com a
vida, qualquer problema pessoal que sinta que vai cair o rendimento
do trabalho, tragam antes da gente perceber, isso é importante
a gente considerar o que está acontecendo, saber porque um
ou outro não está muito bem em alguns dias, então,
fiquem à vontade, tragam os problemas, que talvez a gente
possa ajudar, como o que aconteceu em alguns casos, de saúde,
principalmente , então essa parte de administrar recursos
humanos é muito importante dentro do condomínio, eu
acho que a gente tem que sempre dar bastante atenção
para ter o condomínio funcionando sempre em harmonia...
PortalBARRA:
Qual é o maior problema do bairro?
Maria Ducília: Somos ligados à Câmara Comunitária
da Barra, então eu sempre tenho a oportunidade de estar na
Câmara e trocar idéia com outros síndicos, a
questão principal é a segurança. Não
sabemos se estamos parados em um sinal e se aquelas crianças
que ali estão vão te assaltar. O bairro precisa de
uma melhor fiscalização em áreas de segurança,
daí as estatísticas que você não pode
atravessar a ponte Lúcio Costa depois das 7 da noite... Mas
este não é um problema só da Barra, é
do Rio de Janeiro inteiro.. Gostaríamos de ter uma Barra
sim, onde a gente pudesse transitar, ter a liberdade do ir e vir,
mas estamos aguardando, por isso a nossa esperança de estar
sempre colocando nos políticos para que isso possa ser resolvido.
Luis Cláudio:
Existe hoje uma coisa que começa a ser um pouco preocupante,
nós temos hoje grandes shoppings, grandes hipermercados,
e algumas instituições de ensino que não tem
estacionamento para os alunos, isso causa um pouco de transtorno
no trânsito, já hoje, então alguém tem
que ficar atento, porque em algumas áreas próximas
às faculdades, há congestionamento em função
de carros estacionados na rua. Alguém tem que observar e
quando está surgindo o problema, procurar soluções,
porque vai aumentar o número de escolas, e o problema de
vagas aumentará simultaneamente, então isso é
uma coisa que tem que ser avaliada com cuidado.
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