O
helicóptero pode ser visto durante
as 24 horas do dia. No entanto, segundo
os dados de criminalidade, a maior incidência
de roubos e furtos acontece de seis da
tarde até a meia noite quando uma
média de 7 a 8 carros eram roubados
por dia. Segundo o Comandante Maia, coordenador
geral do CEGOA (coordenadoria geral de
operações aéreas),
durante os quase dois meses de operação,
a criminalidade foi muito reduzida na
região: - Houve uma queda de mais
de 90% nos crimes da área. Para
o comandante, os bandidos perceberam a
força da operação:
- "Os meliantes estão vendo
que a região está muito
policiada e não dá para
apostar corrida com o helicóptero"
- comemora.
Polícia
monta estratégia de segurança
para a Barra
O Helicóptero
não trabalha sozinho. Existem
5 viaturas caracterizadas e mais 5 descaracterizadas
para dar suporte à operação.
A polícia conta ainda com mais
três motocicletas que driblam
o trânsito atrás de bandidos.
Ao ser comunicado um assalto ou um roubo,
esses carros que ficam estrategicamente
posicionados fazem a operação
"pára Pedro", onde
todas as rotas de entrada e saída
da Barra são fechadas. Com a
região cercada, o helicóptero
tem tranqüilidade para vasculhar
a área em busca dos bandidos.
Celso Vaz, inspetor de polícia,
confirma que as intervenções
podem ser feitas através do contato
com a terra pelo helicóptero.
A partir do momento que forem detectadas
ocorrências como roubo de carros,
seqüestros ou assalto a comércios,
por exemplo, a polícia é
acionada: "- Como em alguns locais
não podemos pousar, nós
fazemos o rapel rápido, que é
o dispositivo onde nós descemos
através da corda com um guincho,
e chegando ao solo são tomadas
as posições para realização
do socorro" - e conclui: "-
Se tivermos que intervir nós
vamos intervir. A população
pode contar com o apoio do CEGOA. Estamos
preparados para isso".
Vôo seguro
para os moradores
A equipe de reportagem
do PortalBARRA acompanhou um vôo
da Operação Coruja. Decolamos
da base área da lagoa e fomos
rumo a São Conrado. Logo nos
deparamos com o morro do Vidigal, perigo
eminente para os policiais que não
negam o risco.
O helicóptero (que é blindado)
possui um poderoso canhão de
luz que ilumina perfeitamente a área
projetada. Sempre com total precaução
durante o percurso, a polícia
procura elementos, carros sinistros
e situações suspeitas.
Alguns moradores da região comentam
que se assustam com a presença
do helicóptero, mas nós
do PortalBARRA podemos garantir que
cada ação desempenhada
por eles é detalhadamente elaborada.
Não existe precipitação
por parte da polícia em nenhum
caso. Todos são muito bem treinados
e nunca houve registro de intervenções
mal sucedidas.
- "O vôo não oferece
risco à população",
confirmou o Comandante Maia. O "helicops"
voa à aproximadamente 80 km/h
a uma altura de 100 metros, o equivalente
a um edifício de 33 andares.
O socorro vem
dos céus
Para
o Comandante Maia, a operação
está sendo de fundamental importância
para o combate ao crime na região.
Segundo os índices de criminalidade
divulgados em março de 2002
pelo Diário Oficial do Governo,
o número de roubos de veículos
subiu de 56 em fevereiro para 94 no
mês seguinte, com um aumento
de 67%. Só por esses dados
já podemos comemorar, já
que segundo a polícia atualmente
temos um roubo a cada dois dias.
Para solicitar ajuda ao helicóptero,
a polícia disponibilizou os
telefones 3399-3000 e 2294-8585.
Outra forma de chamar socorro é
piscando os faróis do carro
ao avistar a aeronave. Imediatamente
o seu pedido será atendido.
Operação
faz pausa para balanço
No
dia 15 de julho, ao completar dois meses
de atividades, a operação
do "helicops" vai ser interrompida.
A cúpula da Secretaria de Segurança
vai se reunir para discutir os dados
estatísticos e avaliar os efeitos
do projeto piloto.
Para o Comandante Maia, o resultado
não poderia ter sido melhor,
entretanto o custo da operação
é muito alto. São cerca
de cinco mil reais por dia para manter
o helicóptero no ar, aproximadamente
280 mil reais no final do projeto.
Se tudo correr bem, há a expectativa
de que o helicóptero da polícia
ganhe novos rumos como a Linha Amarela,
Linha Vermelha, Av. Brasil e a Rodovia
Niterói-Manilha. Até a
polícia de Recife já entrou
em contato com o CEGOA e vai utilizar
a mesma técnica para o combate
da violência local.
Cabe agora esperar o resultado da reunião
e saber como vai ficar o futuro da segurança
na região da Barra da Tijuca.
O que a sociedade quer enfim é
sentir-se segura na rua e em casa. Sejam
em terra, no mar ou pelo ar, a segurança
pública é um direito da
população e nos últimos
tempos tornou-se de caráter emergencial.
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