Parque Ambiental Mello Barreto A Barra da Tijuca é sinônimo de natureza, todos concordam. É uma dádiva divina. Seus contornos montanhosos, ainda cobertos com manchas de mata atlântica, com diversas nascentes de água, suas lagoas e canais que se comunicam com o mar, suas praias e areias brancas e águas claras e clima sempre ameno, constituem hoje - com a importância cada vez maior que uma boa parcela da humanidade está dando ao meio ambiente - um patrimônio de valor incalculável.

Todavia é bom notar que mesmo consciente do valor da natureza as pessoas, em geral, pouco ou nada fazem para evitar ou diminuir a destruição dos recursos naturais que cresce em escala geométrica.

Essa devastação é diária e continua e, ocorre em maior escala, pela absoluta falta de conhecimento dos homens sobre o papel das espécies vegetais e animais na preservação do equilíbrio ecológico. Resumindo: falta de cultura ambiental.

O ser urbano está condicionado a dar valor somente às coisas produzidas ou construídas pelo próprio homem. Tudo aquilo que a natureza levou milhares ou milhões de anos para fazer, nada valem. Ainda hoje a palavra mato significa qualquer coisa sem valor: essa visão tem que ser mudada se quisermos preservar a vida neste planeta.

Dentro deste conceito, o Parque Ambiental Mello Barreto, que se situa entre o BarraShopping e a Lagoa da Tijuca as-sume o papel vital.

Esse parque – uma grande obra de recuperação da vegetação de restinga e manguezais levada a efeito pela Acibarra em conjunto com a Prefeitura, Esta, Plarcon, Carvalho Hosken e Grupo Multiplan – ainda desconhecido dos moradores da Barra, precisa ser visitado diariamente para que as pesso-as comecem a entender a importância da nossa vegetação autóctone. As escolas e faculdades da região têm de levar lá os seus alunos para que através da criança seja mudada a nossa cultura urbana que não privilegia as espécies nativas.Qualquer mudança cultural é difícil, mas é imperioso que comecemos já. A natureza exige.

José Maria Herdy de Barros é Presidente da Acibarra.