"O homem do meio ambiente defendendo a Barra por inteiro"
EDUARDO PAES

Até abril de 2002, quando se desligar da Secretaria Municipal do Meio Ambiente para se candidatar a governador do Estado do Rio, Eduardo Paes estará chefiando uma série de batalhas para conter a degradação da paisagem do Rio, principalmente no bairro que é sua "menina dos olhos", a Barra da Tijuca.

- Dentre as muitas conquistas que conseguimos em tão pouco tempo à frente da Secretaria, em termos de Barra da Tijuca e Recreio, duas são particularmente muito gratificantes: o Projeto Eco-Orla e a criação da Patrulha Ambiental, conta, orgulhoso, Eduardo Paes.

ECO ORLA
Recuperando a orla da praia antes que acabem com ela.

A restinga no trecho da orla da praia entre a Praia da Barra e o Recreio dos Bandeirantes já estava agonizando. A faixa de areia coberta com a vegetação nativa era "terra de ninguém", com os estacionamentos irregulares nas mãos dos guardadores de carros e os aterros feitos pelos proprietários de quiosques, que sempre davam um "jeitinho" de aumentarem o espaço ao seu redor para receberem mais clientes.
O socorro chegou a tempo e a hora, com o início das obras do Eco-Orla implantadas pela Prefeitura e a Secretaria do Meio Ambiente, que resolveram dar um basta na destruição do pedaço mais bonito da praia.
O projeto paisagístico da orla depois de pronta já pode ser verificado no estande montado no canteiro de obras da praia, aberto à visitação pública de segunda a domingo, das 9:00 às 18:00h.
- A preservação do meio ambiente é um compromisso de cada cidadão e não só dos órgãos governamentais, explica Eduardo Paes, que defende um processo contínuo de conscientização junto à população, através da imprensa e em campanhas educativas nas escolas.

OBRAS DA ECO-ORLA (quadro)
- Preservação de 8 km de reserva.
- Recomposição paisagística da orla e recuperação da vegetação original da restinga com o replantio de 1.500.000 mudas.
- Construção de 16 km de mureta de proteção de meio metro de altura, para separar a pista de veículos da vegetação.
- Construção de 8 mirantes para visualizar a lagoa e a reserva de vegetação nativa
- Ordenamento dos quiosques e construção de 26 decks
- Implantação de ciclovia e vagas para bicicletário
- Ordenamento do estacionamento
- Criação de passagem para pedestres em madeira e grama
- Criação de mais uma faixa de tráfego na Av. Sernambetiba


ECO-CHATOS.
UM APELIDO ANTIPÁTICO PARA UMA CAUSA SIMPÁTICA.

Na época de sua criação, em setembro de 2001, a Patrulha Ambiental causou muita polêmica, principalmente pelo nome nada carinhoso que ganhou de Eduardo Paes.
- A idéia era esta mesma: criar uma maneira de chamar a atenção tanto de quem está do lado errado, infringindo a lei, como de quem se dispõe a "botar a boca no trombone" para denunciar qualquer tipo de atentado ao meio ambiente, por ar, terra ou água - explica Eduardo Paes.

A estratégia deu certo. Somente nos meses de setembro a novembro, as duas patrulhas - uma baseada na Cidade Nova, no Centro e a outra no Parque Marapendi, na Barra, atenderam a cerca de 700 ocorrências, resultando em multas de mais de R$900 mil.
A maior quantidade das denúncias ficaram por conta do desmatamento e das ocupações irregulares. Só na Barra, Recreio e Jacarepaguá, as multas estes "vilões" passaram de R$303 mil, chegando a R$496 mil para denúncias de extração mineral.

COMO OPERAM
Os eco-chatos têm 2 equipes compostas por técnicos da Secretaria, com 40 Guardas Ambientais em cada equipe, que se revezam a cada 12 horas. Os Guardas Ambientais estão munidos de moto-serra, dois carros, sendo um com tração, guincho, material de combate a incêndio, máquina fotográfica digital, binóculo com zoom, GPS portátil (equipamento de localização), barcos e material de resgate em floresta.

QUAIS SÃO OS ALVOS PRINCIPAIS
Uma condição necessária ao atendimento é que a infração esteja ocorrendo no ato da denúncia, para que os infratores sejam pegos em flagrante.
Os mais comuns são:
- incêndio florestal em áreas de reflorestamento ou conservação ambiental (o Corpo de Bombeiros deve sempre ser acionado primeiro, através do número 193);
- poluição do ar proveniente de marmoraria, serraria, carvoaria, odores de pintura automotiva a pistola, etc;
- comércio ilegal de fauna e flora
- caça e captura de animais
- poluição hídrica de gerador conhecido e de origem industrial, como marmorarias, galvanoplastia, tinturarias, etc.;
- poluição do solo por derramamento de produtos químicos ou derivados de petróleo
- remoção da vegetação
- extração mineral irregular para comercialização
- aterro irregular
- invasão em áreas de unidades de conservação, faixas marginais de proteção e áreas de preservação permanente
- pesca predatória
- parque de diversões em áreas de praças públicas
- materiais de atividades irregulares em praias ou unidades de conservação ambiental que estejam causando danos ao meio ambiente

DENUNCIE!
Os eco-chatos estão de plantão 24 horas por dia e atendem pelo telefone do
Disque Verde: 2502-0681.
A Patrulha Ambiental não atende a denúncia de poluição sonora, que está a cargo da Secretaria através do telefone Disque Barulho: 2503-2795.

 
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